show de gravação de seu DVD “Noite Preta

O show começou com 40 minutos de atraso, às 22h40. Enquanto os fãs se apinhavam lá embaixo para conseguir chegar perto do palco, no segundo andar, no camarote, muita gente famosa – como Luciano Huck, Angélica, Cláudia Jimenez e Lulu Santos, recém saído de uma hemorragia estomacal – também teve de se acotovelar para conseguir um lugar junto ao beiral que dá visão para o palco. Caso de Müller, que mal falou com a imprensa: “Estou correndo para tentar arranjar um lugar. Vim ver meu filho”, desculpou-se.
Ele chegou em cima do laço. Minutos depois, Preta anunciava no microfone aquele que era “um momento muito especial” da sua vida. E que, depois do show, ela diria que foi o mais emocionante da noite: acompanhada do pai, Gilberto Gil, e do filho, Francisco, 14 anos, ela cantou “Drão”, música que Gil compôs quando se separou da mãe de Preta, Sandra.
A canção precisou de um repeteco, mas nada que tenha sido um sacrifício para o público. Ou para o trio. “Meu avô é fonte de inspiração total para mim. Foi nossa primeira vez no palco e só não chorei porque já tinha tocado outras vezes nos ensaios”, disse Francisco.
Todo orgulhoso, Gil também confessou diante da plateia: “Hoje à tarde ela me agradeceu, mas quem tem de agradecer sou eu, por uma filha dessas”.
Entre uma música e outra, os fãs de Preta perceberam que Angélica estava no camarote e, rapidamente, fizeram coro do hit “Vou de táxi”, sucesso da apresentadora nos anos 80. “Sim, ela está aqui”, respondeu Preta, ao microfone. “Essa mulher tem dois filhos lindos e um corpo que é um babado”.
“A Preta é sempre muito carinhosa”, retribuiu Angélica, lembrando que a cantora já dirigiu um clipe seu. “Sempre vale a pena se divertir com ela”. Luciano Huck acompanhou a mulher nos elogios: “A Preta é um poço de talentos”.
Depois de sapecar um selinho em Ana Carolina, com quem cantou “Sinais de Fogo”, Preta emendou um medley de “Baba baby/Tremendo Vacilão”. E declarou: “Na minha opinião, MPB vai de Chico Buarque a Perlla”.